Viajar é dar SENTINDO à VIDA
A VIDA é uma LINDA viagem cheia de MISTÉRIOS ENCANTADORES. Há quem viaje sem sair do lugar onde está, outros viajam para ENCONTRAR-SE. E na bagagem da longa JORNADA, pode ir SONHO acompanhado de luta, ENTUSIASMO de mãos dadas com a CORAGEM e algumas sessões de hemodiálise não podem faltar para a AVENTURA ficar ainda mais FASCINANTE.
Osvaldo Saldeado exemplo de Inteligência Emocional/Foto: arquivo pessoal
Conhecer novos horizontes é uma dádiva na EXISTÊNCIA terrena, pois quanto mais se conhece o Mundo, maior fica o conhecimento sobre si mesmo. Existem pessoas com Inteligência Emocional tão fora de série que, por mais que tenham problemas de saúde, conseguem viajar para fora de si e ao mesmo tempo espalham VIDA e MOTIVAÇÃO por onde passam.
Problemas chegam para todos, mas somente os VISIONÁRIOS podem ver neles OPORTUNIDADES de se reinventarem no teatro existencial.
O Início
Em uma HARMONIOSA chácara no bairro da Penha, na cidade de São Paulo, vivia uma estruturada família da classe média, composta por Osvaldo Saldeado, os pais dele e um irmão mais velho. Em uma área espaçosa, o lazer das crianças era garantido, que se divertiam jogando bola no saudoso campinho de futebol.
Assim, foi marcante a infância saudável, maravilhosamente divertida. Com o aconchego da família, a ESSÊNCIA de uma criança fica inabalavelmente FORTE, sem qualquer vestígio de trauma.
Osvaldo aos 11 anos já falava inglês, privilégio incomum no seu tempo. Aos 16 anos, dava aula particular de reforço escolar em casa, ajudando uma tia professora.
Começou trabalhar aos 18 anos, em uma empresa de comércio exterior, e o inglês aprendido na infância fez toda diferença. Aos 21 anos, ingressou em uma empresa multinacional sueca e, aos 24, foi para Europa em várias fábricas para transmitir no Brasil como era o regime de exportação e importação daquela instituição.
Desde muito cedo, a VIDA já o pedia muita atenção! Ele porém respondia com um gigantesco SORRISO.
Formou-se em Administração de Empresas com ênfase em comércio exterior, pela Faculdade de Administração de São Paulo (FASP), e no MBA em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), umas das primeiras turmas de especialização em São Paulo.
Convidado por um amigo, Osvaldo foi trabalhar em uma indústria baiana e, posteriormente, foi para o Polo Petroquímico da Bahia, onde ficou 16 anos. Depois viajou para a China, Japão e Coreia. Fez 12 viagens para esses países, depois Estados Unidos, Europa, África... Nessa época o administrador já falava espanhol e francês.
Saldeado afirma ser privilegiado por conhecer o mundo todo através da própria profissão – ele sempre vê OTIMISMO em tudo.
Tudo na VIDA vem com um propósito, mas nem sempre sabemos entender ou explicar. Olhar as enfermidades com ENTUSIASMO, sem deixar nada abalar a própria alegria, é uma VIRTUDE destinada a poucos.
A Enfermidade
Certo dia, Osvaldo havia passado por uma cirurgia de próstata e vinha fazendo o acompanhamento do procedimento normalmente. Seis dias depois, foi fazer um exame de sangue e foi diagnosticado um nível elevado de proteína no sangue, que crescia cada vez mais.
Saldeado estava com amiloidose primária e renal. E a solução era fazer um transplante de medula, pois o problema foi originário nesta, quando ela produz as células para o organismo. Após vários exames, foi necessário realizar outra cirurgia, pois os rins já estavam sendo afetados pela proteinúria, um malefício enorme para aquele órgão.
Foi verificado que Osvaldo poderia ser o doador de medula dele mesmo, ou seja, um transplante autólogo de medula óssea. Porém a médica que o acompanhava, sugeriu que Saldeado fizesse um último exame: uma endoscopia antes da cirurgia.
Nesse exame foi diagnosticado que o ALEGRE empresário estava com câncer no estômago. Mesmo diante desse quadro, ele afirma que deu sorte porque até então não sentia dor alguma naquela região.
O Everest caiu! Osvaldo perdeu o chão, mas continuou de pé, não tinha para onde correr; a solução seria enfrentar a doença com OTIMISMO.
A SUPERAÇÃO
O carinho e a presença da família foram fundamentais na luta contra o câncer. Márcia, a mulher de Osvaldo, segurou uma barra enorme para dar força ao marido. Dias antes da cirurgia o médico falou a Osvaldo que ia cortar só um pedaço do estômago, mas resolveu tirar todo o órgão, em um procedimento que durou oito horas. Também foram retirados o baço, por complicações nas glândulas, e a vesícula. De uma só vez, ficou sem três órgãos no corpo. Mas a ESPERANÇA que tudo ia dar certo nunca saiu dele.
Osvaldo ficou uns dias na UTI. Ao sair do local de maca indo para o quarto, já estava ao telefone resolvendo questões da empresa dele. A firmeza do executivo é uma coisa absurda.
Após seis meses da cirurgia, Osvaldo e Márcia viajaram para França, Suíça e Alemanha para aliviar um pouco a situação a qual enfrentavam. Ao retornarem ao Brasil, Saldeado reiniciou o tratamento da amiloidose, pois a cirurgia não havia resolvido o problema nos rins. Para início de batalha, o hospital retirou de Osvaldo as células boas e as guardou, porque foi sugerido o tratamento com quimioterapia que poderia surtir um resultado bom. Durante seis meses, Osvaldo fez a quimioterapia que não deu certo.
Aguardou por mais seis meses, para o corpo eliminar as substâncias adquirida com a quimioterapia e poder iniciar o transplante de medula. Saldeado então realizou o transplante de medula e não deu certo. O nível de proteína continuava elevado. Daí iniciou-se, mais uma vez, um processo com quimioterapia, que perdurou de 2011 a 2017. Nesse período, os ruins foram perdendo a eficácia.
Osvaldo Saldeado segurando a camiseta Meu Nome é SUPERAÇÃO/Foto: Jill Muricy