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Não PARE

Foto do escritor: Jill MuricyJill Muricy

Há pessoas que, mesmo em situações massacrantes, têm uma forte DETERMINAÇÃO e não desistem da VIDA. Encontram FORÇAS dentro de si para LUTAR por dias MELHORES. Até mesmo aquelas que diante dos nossos olhos julgamos não ter capacidade de chegar a lugar algum. Pois são estes seres humanos que nos SURPREENDE com a sua CORAGEM de MUDAR a própria História.

Helem, uma mulher de GARRA/ Foto: arquivo pessoal

Por mais que alguém já tenha NASCIDO apanhando em todas as esferas da VIDA, passado pelos maiores perrengues da natureza humana, tendo o sofrimento como companheiro de todas as horas, esta pessoa é CAPAZ de dar a volta por cima e escrever um novo DESTINO nos capítulos da EXISTÊNCIA.


O Início


Em uma família pobre do município de Dores do Indaiá, em Minas Gerais, nasceu Helem Jovany Alves, uma criança simples da roça, que trazia consigo uma garra incomum de lutar para vencer as adversidades da vida. Mesmo tendo o pai alcoólatra, a mãe de Helem era uma mulher trabalhadora.


Entre as idas e vindas da vida, os pais da doce criança se separaram diversas vezes e em uma delas o pai levou um dos filho consigo. As despesas da casa ficaram por conta da mãe de Helem, que trabalhava loucamente para não deixar nada faltar aos filhos.


A mãe abandonada pelo marido foi trabalhar em outro estado e deixou os quatro filhos com a vizinha. As crianças apanhavam muito, sem o consentimento da mãe, até que um dia Helem fugiu para outra fazenda onde a amiga da mãe dela morava e contou que sofria maus tratos.


A genitora de Helem veio buscar as crianças, para morar em casa de madeira. Ela trabalhava como cozinheira, no fogão à lenha em um pequeno hotel da cidade. Estava grávida desde a última separação e não sabia.


As adversidades


Certa vez, estava deitada desde o dia anterior no quartinho do emprego, sentindo fortes dores e com febre. Helem todo dia que passava para ir à escola acenava para a mãe na janela do serviço, pois dificilmente a via.


Quando a mãe saía de casa, as crianças ficavam dormindo e, quando voltava para casa após o trabalho, as crianças já estavam dormindo. Porém, em um certo dia quem estava na janela era outra mulher. Daí a adolescente foi saber o que havia acontecido com a mãe, entrou no humilde hotel e a viu acamada, quase morrendo.


Na cidade só havia um táxi, que era do marido da professora de Helem. O lugarejo não possuía médico, apenas um farmacêutico, que constatou que a jovem senhora estava morrendo.


A família não tinha condições financeiras para levar a mãe de Helem para o hospital, que por sinal ficava muito longe de onde moravam. Em meio ao desespero, a garota teve um insight, lembrou-se de uma família que habitava a 80 quilômetros de distância, que a mãe lavava roupa de ganho, e pediu ao taxista para levá-la na fazenda.


Ao chegar lá relatou o ocorrido ao chefe da casa, que imediatamente se sensibilizou com a situação e veio depressa com o próprio carro pegar a mãe de Helem e a levou ao hospital.


Ao chegar na emergência, o médico se recusou a atender a paciente, pois ela não tinha plano de saúde. Daí o patrão assinou um cheque e pagou todas as despesas médicas-- ela ficou 18 dias internada.


A dona do hotel já havia substituído a vaga com outra cozinheira. Helem, com 10 anos, foi em todas as pessoas da redondeza para se oferecer a lavar roupas e vendia frutas colhidas nas fazendas para poder levar comida para os irmãos. O pai dela havia desaparecido desde a separação.


A mãe de Helem perdeu o bebê e fez uma cirurgia para retirar apendicite. Ao se recuperar voltou para casa, mas sem emprego. Em poucos dias abriu um posto de combustível na cidade, precisavam de uma cozinheira para o restaurante e a senhora foi chamada.


No novo emprego, certa vez chegou um senhor e perguntou à cozinheira quem tinha feito a comida, porque estava deliciosa, e ela respondeu. Então recebeu um convite para ir ser cozinheira desse fazendeiro em uma fazenda perto dali. Desse dia em diante a vida de todos da casa melhorou, pois a chefe de família recebia um bom salário, que eliminou os perrengues que viviam.


Aos 14 anos, Helem engravidou de um rapaz três anos mais velho. No oitavo mês de gestação da sua primeira filha, o então namorado foi apartar uma briga e acabou morto por um dos envolvidos na confusão.


Na hora do parto, a futura mamãe teve eclampsia e ficou 30 dias na UTI em coma. No hospital permaneceu por três meses, com perda completa de memória por um bom tempo, mas voltou ao normal lentamente.


Ao se recuperar, foi trabalhar na roça de enxada para sustentar a filha. Lá conheceu um rapaz 12 anos mais velho, que trabalhava na mesma atividade, e começou a namorá-lo. Tempos depois foram morar juntos em Goiânia, na casa da mãe dele, com apenas quatro cômodos para abrigar 18 pessoas.


Jovany tralhava de doméstica, mas não sabia atravessar o semáforo. O filho da patroa de apenas sete anos a ajudava todo dia na volta para casa.

Aos altos e baixos do cotidiano, a batalhadora Helem finalmente terminou o ensino médio. Teve sintomas de principio de câncer, mas sem evolução.

Helem em momento de JÚBILO na própria carreira/ Foto: arquivo pessoal


A SUPERAÇÃO


Posteriormente ganhou um terreno da prefeitura para construir uma casa. Após a construção, separou-se do marido e o dinheiro da venda pagou o tratamento de saúde do neto. Aos 55 anos, fez um curso de gastronomia que mudou sua história para sempre.


Teve o apoio da patroa, uma psicóloga que é o seu anjo da guarda e sempre a incentivou na vida. O sofrimento deu lugar a alegria, não tem crise que dure para sempre.


Hoje, Helem tem uma boa casa, carro e uma família EXTRAORDINÁRIA. É uma mulher extremamente FELIZ e realizada. É proprietária de uma empresa de decoração para festa (Eno Decora), uma das maiores do estado do Goiás.


A mãe dela ainda está viva, é uma senhora forte e de boa saúde. A empresária Sonha em conhecer a Europa, por isso é fiel ao curso de Francês.


O segredo do SUCESSO é nunca desistir! Por mais que olhos não vejam além do hoje, o amanhã pode ser surpreendente. E tudo que se planta colhe, passe o tempo que passar. A VITÓRIA um dia chega e sem avisar.


























































































































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