A ARTE de SOBREVIVER ao Caos
Tudo que nos acontece é para nos fazer crescer de alguma forma, diante das situações. Se existe algo bom no sofrimento é a capacidade que tem de nos fazer sair da superfície existencial para adentrar à nossa ESSÊNCIA.
Ninguém amadurece sorrindo. Quando a FELICIDADE nos ensina algo, não aprendemos seus ensinamentos com garra. Por outro lado, a dor sabe ensinar com maestria, quanto mais se demora a aprender, maior é a intensidade do sofrimento.
No teatro existencial há pessoas felizes que não sabem sofrer, e há pessoas que sofrem sem deixar de ser felizes. TUDO depende da forma que você enfrenta cada situação apresentada pelas próprias escolhas.
Há pessoas que passam por situações catastróficas e mesmo assim escapam sem sequelas daquilo que é desagradável.
Meire Oliveira, durante o tratamento do câncer de mama
Uma criança solitária, imperativa e sem sonhos, dominada pela ansiedade e agressividade desde cedo. O pai era alcoólatra, um caminhoneiro que trabalhava honestamente para pagar as contas, não deixava faltar nada à família, tinha dificuldade de expressar amor pelos filhos. A mãe, uma mulher dona de casa, parecia viver no mundo da lua.
Foi assim a infância da Empresária Meire Celeste Oliveira Carvalho, 52 anos, de Senhor do Bonfim, norte baiano. Sua vida sempre foi marcada por problemas emocionais, vivia em psiquiatras, com Síndrome do Pânico, que sempre a acompanhou e a impendia de fazer um simples exame de sangue, por conta do medo excessivo.
Aos 11 anos, vivia na automutilação para chamar atenção da mãe. Com 15, começou a namorar o então marido. Casou-se com 21. Os dois formaram uma BELA FAMÍLIA. O casal teve dois filhos. Apesar de ter sido surpreendida pela pré-eclâmpsia nos dois partos, ela foi vitoriosa nas duas situações.
Meire e o marido eram um casal bem-sucedido. Ela trabalhava no banco e ele tinha uma empresa de bebidas. A vida da respeitada família andava muito bem, mas, como na vida nada é eterno, eles foram visitados por situações dolorosas que lhes tiraram o chão. Mas a FÉ permaneceu de pé.
Sem motivos, depois de vários anos de emprego, Meire pediu demissão do banco, e foi trabalhar na empresa do marido. Após quatro anos de trabalho, pediu para sair. Meire abriu uma perfumaria, que no início ia bem, porém, começou a surgir muitas dívidas.
A cada dia que passava, mais as coisas iam se complicando para o casal. Devendo mais de meio milhão de reais, Meire vendeu o gado, terrenos, até a própria casa, que tinha construído com tanto amor.
Mesmo assim não conseguiu quitar todas as dívidas. Sua vida estava nas mãos de agiotas. E para complicar ainda mais a situação o carro da empresa do marido foi roubado. Realmente, a família estava vivendo um caos.
Meire e o marido Alcione Carvalho
O que mais doía em Meire era o fato de ela ter vendido sua casa, lugar que amava. Passaram a não ter para onde ir dignamente, pois perderam tudo para as dívidas. Foram morar no quarto de um escritório do marido, sem conforto algum.
Certo dia Meire estava reclinada no sofá, pensando na vida e acariciando o próprio seio, e percebeu um caroço na mama, mas não levou a sério. Em junho de 2007, descobriu que estava com câncer ao fazer uma mamografia, mas, ao passar pelo médico de sua cidade, ele disse que não era nada. Meire não se conformou com o diagnóstico. E procurou outros profissionais.
O tempo ia seguindo seu percurso natural. Certa vez um besouro urinou no ouvido da empresária e o infeccionou. Ela foi ao médico e, aproveitando, a oportunidade levou o exame da mama para mostrar ao doutor.
O profissional tratou da infecção do ouvido e, ao verificar o resultado do exame, disse: “Você está com câncer! Mas esse câncer tem cura”. O mundo caiu para aquela mulher tão nobre, que desde a infância era visitada por enormes sofrimentos.
Como Meire possuía Síndrome do Pânico, nessa época se tornou mais agressiva. Ela estava sem casa, sem dinheiro, sem plano de saúde, e até mesmo sem saúde. Era como se o tempo não passasse, a situação parecia eterna.
Meire deu início a sua batalha contra o câncer e fez todos os exames necessários para realizar a cirurgia de retirada do tumor, que estava com seis centímetros de diâmetro. No procedimento levou 50 pontos na mama. Deu início à quimioterapia e, a cada sessão, passava muito mal. Perdeu o cabelo e isso a deixou traumatizada.
A luta continuava com toda intensidade. Mesmo se tratando em hospital público, Meire precisava de dinheiro para o tratamento. Até que um dia uma amiga a presenteou com 10 mil reais. O dinheiro ajudou de forma inexplicável.
Após a retirada da mama, Meire não quis fazer reconstrução no seio. Sente-se MARAVILHOSAMENTE LINDA assim mesmo, com uma AUTOESTIMA INCOMPARÁVEL.
Meire, o marido Alcione e a netinha Maria Luísa
O casal tinha uma enorme dívida com o banco, porém, a instituição deu mais de noventa por cento de desconto no saldo devedor, eles pagaram o restante e finalmente conseguiram sair do vermelho.
Meire entrou na justiça para conseguir do governo a injeção para o tratamento do câncer no valor de 200 mil reais, e conseguiu.
Durante a jornada para o SUCESSO, Meire teve uma neta. Na hora do nascimento da bebê, o médico disse que a mãe da criança estava com AIDS, uma notícia que chocou mais que o câncer. Pensaram: logo, o pai e a recém-nascida estariam com o vírus.
Meire ficou desesperada, chorava no hospital dando coquetel numa seringa na boca da netinha. O médico pediu que os três repetissem o exame para ter realmente
certeza se aquela família, que estava sendo formada, fora contaminada pelo vírus HIV. Mas, para o bem de todos o exame anterior estava errado, era de outra paciente. Nem o casal e nem sua filha tinham AIDS. Hoje essa garotinha está com seis aninhos.
Meire, Alcione e os filhos Igor e Lucas
Meire ESTÁ CURADA do câncer, não tem dívidas e recuperou a empresa de perfumaria falida. NÃO tem Síndrome do Pânico, É FELIZ E REALIZADA. TEM AUTOESTIMA. O cabelo perdido na quimioterapia, nasceu mais bonito. Além de ser dona do sorriso mais raro do mundo.
A empresária doa-se o máximo que pode para ajudar o próximo. É Palestrante Motivacional na própria cidade e nas cidades vizinhas.
Além disso, é autora do chocolate caseiro “Divino Bom Bom”, sucesso em vendas no no município.
Há dois anos perdeu o pai, vítima de câncer no fígado. Ela o acompanhou até o fim. Mesmo assim continuou de pé.
Como é louvável a atitude de pessoas que sofrem e mesmo assim não perdem o caráter. Meire e a família VENCERAM o caos, estão vivos sem sequelas . A FÉ em Deus não costuma perder batalha. Esta família é VENCEDORA!
Meire na campanha Outubro Rosa
É mais uma emocionante HISTÓRIA que vai para o livro Meu nome é SUPERAÇÃO