Uma Obra de Arte
POEMA para o quadro do professor Nando Antunes

No Junco do Brejão da Caatinga, a peladinha dos pequenininhos/ Obra: Nando Antunes
Bateu saudade da caatinga Aquela Brasileira Brasileirinha Com cores e dores que Resistindo e reinventando-se Sobrevive Nos brejos de altitude Longínquas terras Terracota Vermelho Cor-de abóbora Céu azul Chão de estrelas Morros verdes e altos Ruas com vai e vem Movimento constante Olhos inquietos Procurando prosa E pelota Crianças correm atrás da esperança Na pelada depois da escola Joga bola Olha a viola Pega uma sombra debaixo da árvore Fica gabola Tão brasileiro Interior da Velha Bahia Tão negro, tão índio Vai e se descontrai Nas pinceladas do pintor Se formando a vista do encanto Longe da cidade do Salvador
(Taís Loureiro)