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  • Foto do escritorJill Muricy

A VIDA que RELUZ

O grande AUTOR tem mistérios incomparáveis para os seus escolhidos. O brilho de uma pessoa vem da essência divina, e essa dádiva a torna agraciada, capaz de reluzir todos a sua volta.

Cidinha Moraes, exemplo de SUPERAÇÃO/ Foto: arquivo pessoal


A vida é uma suave melodia nos capítulos da delicada existência, saber viver é o que deixa a jornada cotidiana extraordinária, e a forma que se enfrenta os desafios faz toda diferença na história de alguém que cumpre a própria missão.


A VIDA desde a Infância


Em São José dos Campos, interior paulista, nasceu Maria Aparecida de Moraes, a Cidinha Moraes, a mulher que tocaria muitos corações com a voz incomparável.


Cidinha foi uma criança muito brincalhona, sensível e amada por todos, uma menina magra de estatura não compatível com sua idade que possuía.


Aos quatros anos foi diagnosticada com displasia fibrosa, uma doença rara que ocorre no tecido ósseo por tecido fibroso (cistos), causando muita fragilidade em todo o corpo, principalmente nos ossos das pernas e em uma parte do rosto.


Nessa época, ela fez a primeira cirurgia para coletar o osso da perna, e fazer uma biopsia para saber o que realmente estava acontecendo, embora, fosse uma doença rara não era maligna, nesse tempo a criança já andava mancando.


Mesmo assim foi uma menina super feliz, amava pular muro, às vezes, faltava aquela liberdade infantil dentro da frágil garota, pois ela sentia-se inferior aos demais por causa da própria enfermidade, mas no silêncio do nobre coração alimentava o sonho de ser bailarina, achava lindo ballet quando o assistia na televisão.


Na adolescência, foi destacada pela grande timidez, ela queria ser bem vista pelas pessoas, não era portadora de uma boa autoestima, enquanto suas amigas desenvolveram o corpo juntamente com a idade, namoravam, a vida da Cidinha não prosseguia como ela gostaria.


Mas, por ter uma formação católica, começou a amar-se do jeito que estava, aceitou o fato de saber que Deus a amava sem restrições.


Ainda bem que não há forma de prever o futuro, não fazemos ideia do que pode acontecer no amanhã. Aquela garota tímida, frágil pela enfermidade que fora acometida, chamaria atenção do mundo com inscritível voz.

A SUPERAÇÃO


Aos 18 anos, a jovem Cidinha perdeu o pai, a dor da perda é algo muito delicado, e nesse período a convite do amigo também cantor Walmir Alencar, ela começou a fazer parte de um grupo musical na cidade, da Sociedade São Vicente de Paula, depois disso, nasceu o grande Ministério Vida Reluz, que atualmente têm 37 anos de existência, o maior grupo de música católica do Brasil.


O fato de cantar em público foi fundamental para a brilhante cantora vencer a timidez de uma vez de todas, uma grande voz foi revelada.


Até os 12 anos, Cidinha fazia cirurgia frequentemente acompanhada de enxerto ósseo. Em um dos procedimentos o pai dela doou um osso dele do quadril para preencher o osso do fêmur da filha, ela por sua vez também retirou osso da panturrilha para a mesma finalidade.


Além da displasia fibrosa nas duas pernas, a doença afeta o rosto, quadril, faringe e laringe. Seria impossível cantar com os dois órgãos do sistema respiratório comprometido, mas por graças de Deus ela canta perfeitamente.


A vida prosseguia, e com ela todos os desafios da displasia, Cidinha foi submetida a 14 cirurgias no decorrer dos seus dias, mas nunca deixou de cantar por causa disso, às vezes, cantava na cadeira de rodas, outras de muleta, mas era fiel à sua missão.


Em 2014, em um acidente doméstico dentro do próprio quarto, a missionária quebrou as duas pernas, a fragilidade dos ossos não resistiu ao simples tombo, com isso, ela ficou um ano sem andar, após um breve tempo recuperou os movimentos do corpo e reaprendeu a dar novamente os passos.


Nesse período muito difícil, uma das coisas que mais afetava a cantora era o fato de achar que as pessoas olhavam, se aproximavam ou davam oportunidades a ela por pena, Cidinha enfrentou chacota de muitas pessoas por ser diferente daquilo que elas estavam acostumadas a ver. Tudo que acontece é apenas uma fase, e há muito tempo ela passou.

Cidinha ao lado da mãe dona Mira, quando se recuperava de uma das cirurgias/ Foto: arquivo pessoa

Dessa crise surgiu a grande oportunidade de erguer dentro e fora de si mesma!

A VIDA nos Dias Atuais


Hoje, Cidinha Moraes tem 55 anos e canta há 33, solteira, sem filho, é licenciada em música pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Além de cantora, ela trabalha na produção de eventos do Ministério Vida Reluz, alimenta o sonho de um dia se formar em nutrição.


A displasia fibrosa ainda está presente no corpo, assim como uma disfunção motora, mas a grande mulher sabe ultrapassar essas dificuldades com maestria, dona de um sorriso encantador, tem gratidão a Deus que a permitiu fazer o que ama, se tivesse se tornado bailaria não seria tão feliz.


Muitas vezes, precisa da ajuda de alguém para descer e subir escada, mas não reclama em hipótese alguma, pois o fato de ter as pernas de volta é um milagre.

Cidinha em momento de diversão/Foto: arquivo pessoal


Há um ditado popular que diz que Deus escreve certo por linhas tortas, na verdade Deus certo por linhas certas, somos nós que enxergamos de forma torta, e como a própria Cidinha canta, Deus é capaz de fazer obra nova, então diante do Rei celebra a VITÓRIA!






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